Museu
Serviço Educativo

Serviço Educativo
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“A natureza, a história e Deus têm sido para o homem quer os espaços quer os limites da sua realização: horizontes da expansão do seu processo físico e temporal – metafísico (como humanidade e como indivíduo); barreiras ontológicas, éticas e gnoseológicas – limiares definidores do sentido antropológico. (...) De senhor da natureza, de protagonista da história, o homem passa a síntese de uma e a produto de outra.
O homem é, ele próprio natureza e história.” Adalberto Dias de Carvalho .

A natureza humana tem sido assim, e inevitavelmente, um pressuposto sempre presente à consecução das teorias e práticas educativas ao longo de toda a história.
O conceito de educação aparece frequentemente associado ao conceito de desenvolvimento; contudo, o próprio desenvolvimento é um processo que nunca foi adequadamente definido, sendo vulgarmente considerado como um processo de evolução física gradual, de maturação, acompanhado de um desenvolvimento correspondente de várias faculdades mentais como o pensamento e a compreensão.
Já dizia Platão, “evitem a compulsão, e deixem que as lições dos vossos filhos tomem a forma de jogo. Isto também vos ajudará a ver quais são as suas aptidões naturais». O objectivo geral da educação é o de encorajar o desenvolvimento daquilo que é individual em cada ser humano, harmonizando simultaneamente a individualidade assim induzida com a unidade orgânica do grupo social a que o indivíduo pertence.
O Museu tornou-se numa instituição mais necessária que nunca, e num instrumento com respostas sobretudo dadas às necessidades sociais de natureza cultural, num presente que não perspectiva o futuro, uma ‘escola actual’ que se organiza à imagem da fábrica e de uma sociedade hierarquizada, prosseguindo fins pré-estabelecidos com rigor, de modo a responder cabalmente às exigências de um mundo mecanizado e da utilidade social. Acontece que, as previsões inerentes a este tempo depressa ruirão, se nos colocarmos no tempo actual em que a globalização do espaço e a enorme aceleração do tempo, ao globalizarem o conhecimento, transformam aquele num verdadeiro factor de diferenciação cultural, civilizacional e vivencial das pessoas.
O Museu só conseguirá vencer os desafios que se lhe apresentam se considerar a realidade educativa enquanto realidade social e historicamente construída, reintroduzindo na sua apreciação a flecha do tempo, ou seja, o seu carácter de irreversibilidade que faz de cada mente dependente de um público singular, relativamente ao qual deverá construir a sua pertinência.
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