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Como Técnico de Conservação e Restauro e Museólogo, objectivo neste Museu uma abordagem museológica que se debruce sobre todas as questões que referi anteriormente, sempre consciente da contemporaneidade do espaço Museu e do seu lugar na sociedade contemporânea, devido tão-só, ao facto da Museologia ter reafirmado nas últimas décadas o seu valor de referência e de síntese, capaz de transformar e de oferecer modelos alternativos adequados para assinalar, caracterizar e transmitir os valores e os signos dos tempos, resgatando para o conceito de Museu o poder enquanto instituição de referência para a sociedade global, no respeito pelas diferenças e promovendo a pluralidade, segundo um diálogo de tolerância, compreensão e absorção. O outro como uma continuação do Eu e do Nós. Valores de urbanidade.

Concluindo, convido-vos a visitar este nosso Museu e a conhecer a Fundação!

Um Museu como um romance, onde os objectos são narradores e funcionam como agentes activos de memória de um qualquer quotidiano.

A linguagem museológica, a par dos textos literários, tem ritmo específico, gramática própria, sintaxe e lógica, coordenando assim a articulação entre os diversos elementos do espaço das exposições: conexão de referências várias, resultando numa lógica latente no texto expográfico que se pretende construir.

Assim, o lúdico, o pedagógico, o cultural, o social, o colectivo e o individual conjugam-se num único verbo e num único espaço: musealizar e museu.

O “sentido da vida” constitui, com toda a certeza, o eixo orgânico e vital da vida de um museu.

Poderemos dizer que o Museu viverá da eterna luta do ser humano, no cumprir de um destino feito na constante dialéctica entre o entrelaçar de fios com que se integra e o desatar de nós com que se liberta. Isto é, através do Museu, o homem cumpre o seu destino de ser errante, num constante vai e vem entre o ‘Eu’ e o ‘Nós’, o parcial e o total, o imanente e o transcendente, o horrível e o belo, entre as amarras e a libertação, uma viagem de vai e vem, onde aqui e ali tropeça na realidade e mais além se agarra à fantasia, uma viagem cujo farol é o sonho e fim último, a plenitude. Daí, que o Museu seja necessário para que o homem se torne capaz de conhecer, mas, sobretudo, mudar o mundo.

Sejam bem-vindos!