Apresentação
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Começo por cumprimentá-los a todos em nome da Fundação Dionísio Pinheiro e Alice Cardoso Pinheiro.
É impossível ignorar que entre a produção artística de uma determinada época e a situação social, cultural, religiosa, económica e política estão sempre presente relações de íntima cumplicidade levando, no estudo da história de arte, a uma obrigatória abordagem e conhecimento do meio social em que surge, na respectiva contemporaneidade. Então, a arte e o seu reflexo presente e futuro são um produto do diálogo entre ela e o ente social e o respectivo poder, sem determinismos últimos ou um condicionalismo fatal, extraindo-lhe qualquer autonomia imaginativa.
No Museu, o objecto não perde as funções anteriores, antes ganha a capacidade de representar, contando uma história.
O objecto museológico pode ser transformado pela acção da humanidade e da natureza, que lhe conferirá novos atributos estéticos e de funcionalidade.
São estas metamorfoses que se operam neste Museu. Mutações do objecto. Um crucifixo manterá o valor de culto, no entanto, ganha o valor de exposição. Permitindo, assim, o estudo entre a humanidade e a realidade.
Sendo assim, os objectos comunicam, tal como outro bem cultural ou natural, estabelecendo relações díspares por entre o público que o admira, o examina, o ama, o deseja, o cultiva, o ignora. Igual à música do Cartola, as rosas não falam, mas roubam o perfume da mulher amada.